Os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo e Flávio, manifestaram-se contra a operação da Polícia Federal (PF) realizada na manhã desta sexta-feira (18), que impôs diversas medidas cautelares ao ex-mandatário. Entre as restrições, Bolsonaro está proibido de contatar investigados no inquérito sobre a tentativa de golpe, incluindo seus filhos Eduardo e Carlos.
Flávio Bolsonaro, senador pelo PL-RJ, descreveu a decisão do ministro Alexandre de Moraes como uma "humilhação proposital" e comparou-a a uma "inquisição", afirmando que a proibição de contato entre pai e filho simboliza o ódio do ministro. Ele expressou confiança de que Bolsonaro emergirá mais forte dessa situação.
Eduardo Bolsonaro, atualmente residindo nos Estados Unidos, relacionou a operação à recente carta de apoio do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Ele destacou as medidas cautelares impostas ao pai, que incluem o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de circulação e uso de redes sociais.
A operação da PF também resultou em mandados de busca na residência e no escritório de Bolsonaro, onde foram encontrados valores em espécie e um pendrive. As ações foram motivadas por suspeitas de crimes como obstrução de Justiça e atentado contra a soberania nacional, com o ministro Moraes ressaltando a defesa da democracia e da soberania do Brasil frente a tentativas de interferência externa.