Maurene Comey, procuradora federal em Nova York e filha do ex-diretor do FBI James Comey, foi demitida de seu cargo, conforme fontes familiarizadas com o caso. A demissão ocorreu sem explicações formais, através de um memorando do Departamento de Justiça, que não apresentou motivos para a decisão. Durante sua atuação no Gabinete do Procurador dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, Comey trabalhou em casos de grande notoriedade, incluindo investigações relacionadas a Jeffrey Epstein e sua cúmplice Ghislaine Maxwell.
Em uma mensagem enviada a seus colegas, Maurene Comey expressou sua preocupação com a falta de justificativa para sua demissão e alertou sobre o impacto que isso pode ter sobre a atuação dos procuradores. "Se um procurador de carreira pode ser demitido sem motivo, o medo pode infiltrar-se nas decisões daqueles que permanecem", escreveu, enfatizando a importância de manter a integridade nas investigações.
O porta-voz do Distrito Sul de Nova York se recusou a comentar sobre a saída de Comey, e não houve resposta dos representantes da Casa Branca e do Departamento de Justiça aos pedidos de esclarecimento. A demissão ocorre em um contexto em que o Departamento de Justiça tem enfrentado críticas e demissões de funcionários ligados a investigações anteriores sobre o presidente Donald Trump e os eventos relacionados ao ataque ao Capitólio dos EUA.