A Figma, empresa de software de design e colaboração, começa a negociar suas ações nesta quinta-feira (31) após levantar US$ 1,2 bilhão em uma das ofertas públicas iniciais (IPOs) mais esperadas do ano nos Estados Unidos. A companhia, junto com investidores como Index Ventures e Greylock Partners, vendeu 36,9 milhões de ações a US$ 33 cada, superando a faixa de preço inicial de US$ 30 a US$ 32.
Com essa precificação, a Figma alcançou um valor de mercado de US$ 16,1 bilhões, que pode chegar a US$ 18,5 bilhões considerando opções de ações e unidades de ações restritas. A demanda pelas ações foi expressiva, com uma relação de quase 40 vezes entre ofertas e pedidos, destacando o forte interesse no setor de software após um hiato de IPOs relevantes desde fevereiro.
A Figma, que se destaca na criação de interfaces para aplicativos web e móveis, tem ampliado seu portfólio para incluir ferramentas voltadas para desenvolvimento de software e colaboração corporativa. Em 2023, a empresa lançou o Dev Mode e o Figma Make, que utiliza inteligência artificial para transformar comandos de texto em protótipos funcionais. No primeiro trimestre deste ano, a receita cresceu 46% em relação ao ano anterior, embora a companhia tenha enfrentado um prejuízo líquido anual de US$ 732 milhões devido ao aumento das despesas operacionais.
O CEO e cofundador Dylan Field, que mantém 74,1% dos votos após o IPO, fundou a Figma em 2012. A empresa viu um crescimento significativo na adoção de suas ferramentas entre desenvolvedores e gerentes de produto, o que pode ser crucial para sua expansão futura. Com a estreia da Figma, o volume de IPOs nos EUA em 2025 já ultrapassa US$ 21 bilhões, superando o total do mesmo período do ano anterior.