A FifPro, Federação Internacional de Associação de Futebol Profissional, se reuniu nesta sexta-feira (27) em Hoofddorp, na Holanda, para expressar preocupações sobre o modelo de governança da Fifa, que considera autocrático. A entidade criticou a realização do Mundial de Clubes nos Estados Unidos durante as férias europeias e em condições climáticas adversas, afirmando que a Fifa não tem priorizado o bem-estar dos atletas. Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, destacou a necessidade de diálogo em vez de cobranças unilaterais.
Durante o encontro, representantes de diversas ligas globais enfatizaram que a Fifa deve atender às demandas da FifPro, ressaltando que a organização não pode ignorar uma entidade legitimada e reconhecida democraticamente. A FifPro defendeu que é inaceitável a continuação da negligência em relação aos direitos e necessidades básicas dos jogadores. O presidente da FifPro, Sérgio Marchi, já havia criticado a Fifa em declarações anteriores, afirmando que o futebol pertence aos jogadores e não à entidade.
Em resposta, a Fifa expressou sua decepção com a postura da FifPro, alegando que a liderança do sindicato optou por um confronto público em vez de um diálogo construtivo. A Fifa reafirmou seu compromisso com o bem-estar dos jogadores, anunciando medidas como descanso mínimo de 72 horas entre jogos e férias obrigatórias de 21 dias. A entidade também destacou a importância de envolver jogadores nas discussões sobre suas condições de trabalho e melhorias no futebol feminino.
A Fifa criticou a reação da FifPro às suas propostas, afirmando que as medidas anunciadas vão além das solicitações do sindicato e que a resposta da FifPro foi desrespeitosa. O embate entre as duas entidades levanta questões sobre a governança no futebol e a proteção dos direitos dos jogadores em um cenário cada vez mais complexo.