A Fifa anunciou neste domingo um consenso com representantes de diversos grupos de jogadores sobre a necessidade de um intervalo de 72 horas entre as partidas e a implementação de um mínimo de 21 dias de férias ao final de cada temporada. O anúncio foi feito às vésperas da final do Mundial de Clubes, que ocorrerá entre PSG e Chelsea, mas a entidade não esclareceu se o consenso resultará em um acordo vinculativo, uma vez que a Fifpro, o sindicato global de jogadores, não participou das discussões.
As negociações, realizadas em Nova York, visam atender às crescentes preocupações sobre o bem-estar dos atletas, especialmente em um calendário já saturado. Críticas foram levantadas por sindicatos, incluindo o sindicato francês de jogadores, que pediu a interrupção do que chamou de "massacre" devido à sobrecarga de trabalho dos atletas. Dirigentes como Javier Tebas, da LaLiga, e Jurgen Klopp, da Red Bull, também expressaram suas preocupações sobre a inclusão do torneio no calendário europeu.
A Fifa destacou que a saúde dos jogadores é uma "prioridade máxima" e que o período de descanso deve ser gerido individualmente por clubes e jogadores, levando em conta os calendários de jogos e acordos coletivos. No entanto, a aplicação rigorosa do intervalo de 72 horas poderá exigir ajustes significativos nas programações de jogos e contratos de televisão, o que pode gerar complicações para ligas nacionais, como a Bundesliga e a LaLiga, que já enfrentam desafios relacionados à programação de partidas.