A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) estima que a taxação de 50% sobre produtos brasileiros, imposta pelos Estados Unidos, poderá resultar em uma perda de até R$ 175 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. A medida, que entrará em vigor em 1º de agosto de 2025, pode provocar uma retração de 1,49% na economia nacional ao longo de 5 a 10 anos, com a perda de mais de 1,3 milhão de empregos e uma queda de R$ 4,86 bilhões na arrecadação federal.
No curto prazo, entre 1 a 2 anos, o impacto é estimado em R$ 47 bilhões, representando 0,4% do PIB, e a perda de mais de 538 mil postos de trabalho. A arrecadação federal também deverá sofrer uma redução de R$ 1,31 bilhão nesse período. A Fiemg alerta que, em um cenário de retaliação com tarifas de 100%, os efeitos poderiam ser ainda mais severos, com uma possível retração de até 5,7% no PIB e a perda de 4,97 milhões de empregos.
O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, enfatizou a importância de uma abordagem diplomática por parte do governo brasileiro para evitar a implementação das tarifas, destacando que os Estados Unidos são um parceiro comercial tradicional do Brasil. Em 2024, as exportações brasileiras para os EUA totalizaram US$ 40,4 bilhões, representando 12% do total exportado.
Em Minas Gerais, os efeitos da taxação podem resultar em uma perda de R$ 21,5 bilhões na atividade econômica e no fechamento de até 187 mil postos de trabalho ao longo de 5 a 10 anos.