O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, anunciou nesta quinta-feira, 24, que medidas paliativas estão sendo discutidas com o governo federal para enfrentar a possível aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Roscoe se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin para abordar a questão e buscar alternativas que evitem a implementação da taxa.
Durante a coletiva de imprensa após a reunião, Roscoe enfatizou a importância de focar no mercado interno como forma de compensar a possível queda nas exportações para os Estados Unidos. Ele destacou que, embora o crédito seja uma ferramenta relevante, a solução mais eficaz reside em fortalecer o mercado brasileiro, que oferece oportunidades mais imediatas em comparação com negociações internacionais, que costumam ser mais longas.
As propostas em discussão visam proteger o mercado nacional de produtos importados que chegam ao Brasil a preços inferiores aos praticados internamente, como é o caso do aço. Roscoe argumentou que, diante da prática de dumping, a imposição de sobretaxas é uma medida necessária e efetiva para equilibrar a concorrência.
Os recentes desequilíbrios comerciais, resultantes das tarifas impostas pelos EUA, têm levado países a redirecionar suas exportações para mercados alternativos, com o Brasil se destacando como um potencial destino devido ao seu grande mercado consumidor. A FIEMG busca, assim, garantir a competitividade da indústria mineira e nacional frente a essas adversidades.