A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) divulgou uma nota nesta quinta-feira (10) em resposta ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de uma sobretaxa de 50% sobre diversos produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto. A medida se soma às tarifas já estabelecidas em março deste ano, que incluem 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio.
A Fieg expressou preocupação com os efeitos que essa nova tarifa pode ter na economia goiana, especialmente em setores estratégicos como agroindústria, mineração e autopeças, que podem enfrentar uma perda significativa de competitividade. A entidade estima uma possível retração de até 15% no fluxo comercial entre Goiás e os Estados Unidos.
Para mitigar os danos, a Fieg sugere uma articulação técnica entre o Itamaraty, governos estaduais e o setor produtivo. Entre as propostas estão a diversificação de mercados, a adoção de compensações fiscais para os setores afetados e a manutenção de canais de diálogo com o governo americano. Os Estados Unidos são o maior investidor estrangeiro no Brasil, com um estoque de investimentos superior a US$ 156 bilhões e um volume de transações comerciais que alcançou US$ 78 bilhões em 2024.
A entidade enfatiza a necessidade de um posicionamento técnico e de cooperação internacional para desenvolver estratégias comerciais sustentáveis, visando a proteção da indústria goiana e nacional, além da preservação de empregos e investimentos.