O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou na quinta-feira (24) a distribuição de quase R$ 13 bilhões em lucros para os cotistas em 2024. O valor será proporcional ao saldo de cada conta vinculada ao FGTS, com depósitos programados até 31 de agosto. A quantia a ser recebida por cada trabalhador dependerá do saldo em suas contas em 31 de dezembro de 2024.
Para calcular o valor a ser creditado, os cotistas devem multiplicar o saldo de cada conta pelo fator 0,02042919. Isso significa que, para cada R$ 1 mil, o trabalhador receberá R$ 20,43. Assim, quem tinha R$ 2 mil receberá R$ 40,86, enquanto aqueles com R$ 5 mil terão um crédito de R$ 102,15. A distribuição corresponde a 95% do lucro de R$ 13,61 bilhões obtido pelo FGTS no ano anterior, elevando o rendimento do fundo para 6,05%, superando a inflação de 4,83% medida pelo IPCA em 2024.
Embora o rendimento do FGTS supere a inflação, ele ainda é inferior ao da caderneta de poupança, que rendeu 6,41% no ano passado. A legislação prevê que o FGTS tenha um rendimento mínimo de 3% ao ano mais a taxa referencial (TR), mas a distribuição de lucros, implementada desde 2017, melhora a rentabilidade do fundo. O Supremo Tribunal Federal (STF) também determinou que o FGTS deve ter correção mínima pelo IPCA, mas essa regra não é retroativa.
Os trabalhadores podem consultar o saldo do FGTS pelo aplicativo da Caixa Econômica Federal, onde devem acessar o extrato e verificar o saldo em 31 de dezembro de 2024. Para aqueles que não têm acesso à internet, é possível solicitar o extrato em agências da Caixa ou receber a versão impressa a cada dois meses em casa. O saque do FGTS é permitido apenas em situações específicas, como demissão sem justa causa ou aquisição da casa própria.