O Festival Paredão, que teve início nesta quinta-feira (17) e se estende até sábado (19), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) no Rio de Janeiro, celebra a rica cultura dos paredões de som automotivo, que se tornaram um símbolo das festas populares nas periferias brasileiras. O evento conta com uma programação gratuita que inclui shows, exibições de filmes e rodas de conversa, reunindo artistas e amantes da música de diferentes gêneros, como funk carioca, pagodão baiano e arrocha.
Entre os participantes, destaca-se o DJ Bernardo Pimentel, que transformou sua paixão por música em uma carreira ao criar um paredão móvel, repleto de caixas de som e luzes neon. "Comecei como todo adolescente, mudei o ambiente, foi aumentando até que virou trabalho", afirmou Bernardo, ressaltando a importância cultural e econômica desses eventos para as comunidades.
O festival também conta com a presença de Keevin, um artista e produtor musical que encontrou na cultura dos paredões uma nova oportunidade profissional. Ele compartilha sua trajetória desde os bailes até a produção musical, evidenciando como esses eventos funcionam como um ecossistema cultural que promove a formação de novos talentos. Raul da 17, fundador do Baile da DZ7 em São Paulo, complementa que os paredões são ferramentas que mantêm a cultura viva e geram renda para os artistas e a comunidade.
Com uma programação que se estende por três dias, o Festival Paredão promete ser um espaço de celebração e resistência cultural, onde a música e a alegria se entrelaçam, transformando as ruas em palcos vibrantes. O evento é uma oportunidade para apreciar a diversidade musical brasileira e a força das culturas urbanas, reafirmando o papel dos paredões como expressão de identidade e coletividade.