O Festival Latinidades prestou homenagem a Lélia Gonzalez nesta sexta-feira (25), no auditório II do Museu Nacional, em Brasília, em celebração ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. O evento, que atraiu um público expressivo, destacou a trajetória da filósofa, antropóloga e ativista, reconhecendo sua contribuição para os debates sobre direitos e a luta contra o racismo e o sexismo.
A programação começou com um recital poético da atriz e poeta Elisa Lucinda, seguido por discursos emocionantes que reafirmaram a relevância do pensamento de Lélia. Entre os participantes, a ministra de Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, e a professora Dulce Pereira, da Universidade Federal de Ouro Preto, ressaltaram a importância da obra de Lélia na construção de conceitos que nomeiam as experiências da população negra.
Lélia Gonzalez, falecida em 1994, é conhecida por ter criado os termos "amefricanidade" e "pretuguês", que abordam a identidade afrodescendente e a linguagem negra no Brasil. Durante o evento, a ministra Anielle Franco destacou a influência de Lélia em sua própria trajetória e na de sua irmã, Marielle Franco, enfatizando a necessidade de honrar seu legado e manter vivos seus ensinamentos. O festival, que celebra o protagonismo das mulheres negras, ocorrerá até 31 de julho.