A Feira do Doce, reconhecida como patrimônio imaterial, teve início em Pelotas, no Rio Grande do Sul, e já atrai milhares de turistas de todo o Brasil. O evento, que ocorre até o dia 3 de agosto, reúne 42 docerias locais, representando cerca de 60% da renda anual para muitos dos participantes, segundo o doceiro Willian Bettanzos Damasceno.
A tradição doceira de Pelotas, que remonta a um século, é mantida por famílias como a de Dona Onélia, que compartilha suas memórias de infância e a importância da produção de doces em sua família. A feira oferece uma variedade de iguarias, como quindins e brigadeiros, que encantam visitantes de todas as idades, como Gabriel das Neves, de 9 anos, que escolheu o brigadeiro como seu doce favorito.
A indústria do doce em Pelotas movimenta cerca de R$ 30 milhões anualmente, resultado de uma rica mistura cultural que inclui influências portuguesas e ingredientes trazidos por negros escravizados. O Iphan reconheceu a singularidade da produção doceira local, conferindo um selo de origem e qualidade aos produtos feitos na cidade, conforme destaca Simone Bica, presidente da Associação dos Produtores de Doces de Pelotas.
A feira não é apenas uma celebração dos sabores, mas também uma experiência cultural que encanta os visitantes. Mariana, de Fortaleza, expressou sua paixão pelos doces locais, enquanto a professora Elza Mara Oliveira compartilhou a sensação de maravilha ao observar a dedicação das doceiras. A Fenadoce, portanto, se reafirma como um evento essencial para a preservação e promoção da cultura doceira brasileira.