O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, decidiu manter as taxas de juros inalteradas em 4,25% a 4,50% ao ano, marcando a quinta reunião consecutiva sem alterações. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (30), estava dentro das expectativas do mercado financeiro, mas contraria os apelos do presidente Donald Trump, que pressiona por cortes nas taxas desde sua posse em janeiro.
Em comunicado, o Fed destacou incertezas sobre os impactos das tarifas impostas por Trump, reconhecendo, no entanto, avanços em alguns indicadores econômicos. O banco central observou que o crescimento da atividade econômica se moderou na primeira metade do ano, enquanto a taxa de desemprego permanece baixa e a inflação continua elevada.
Trump, por sua vez, comemorou o crescimento de 3% do PIB no segundo trimestre, mas voltou a criticar o Fed, afirmando que as altas taxas de juros estão dificultando a compra de casas. Especialistas alertam que a política tarifária do presidente pode gerar pressão inflacionária, refletindo em aumentos de preços para os consumidores, o que preocupa o Fed em suas futuras decisões.
As decisões do Fed têm implicações diretas no Brasil, onde juros elevados nos EUA podem pressionar a taxa Selic e afetar o câmbio. O cenário atual levanta preocupações sobre a sustentabilidade do crescimento econômico americano e suas repercussões globais.