Duas famílias britânicas afirmam ter recebido restos mortais incorretos de vítimas do acidente com um Boeing 787 da Air India, que ocorreu em junho deste ano, logo após a decolagem de Ahmedabad com destino a Londres. O advogado James Healy-Pratt, que representa os familiares, denunciou a troca e mistura de material genético durante o processo de repatriação, resultando em revolta e cancelamento de funerais.
A legista Fiona Wilcox, responsável pela identificação dos restos mortais, encontrou material genético de múltiplas vítimas em um único caixão. Além disso, em outro caso, o DNA dos restos entregues não correspondia ao do falecido esperado. As famílias expressaram um sofrimento indescritível, enfrentando um “duplo trauma” pela perda violenta e pela falta de um sepultamento digno.
O acidente, que vitimou quase todas as 242 pessoas a bordo e 19 em solo, ocorreu segundos após a decolagem, atingindo uma faculdade de medicina. Apenas um passageiro sobreviveu. Embora as causas do acidente ainda estejam sob investigação, um relatório preliminar indicou que os interruptores de combustível do Boeing 787-8 podem ter mudado de posição.
Em resposta às alegações, o Ministério das Relações Exteriores da Índia afirmou que as autoridades indianas seguiram os protocolos estabelecidos para a identificação das vítimas e estão colaborando com as autoridades britânicas para resolver a situação. O porta-voz Randhir Jaiswal garantiu que todos os restos mortais foram tratados com respeito e profissionalismo.