Familiares de presos pelos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023 defenderam a inocência dos condenados e denunciaram "violações a direitos humanos" durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado, realizada na quarta-feira (16.jul.2025). A sessão foi convocada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que preside o colegiado.
Na abertura da reunião, Damares Alves destacou a responsabilidade da Comissão em proteger os direitos humanos de todos os brasileiros e criticou a suposta ignorância de direitos consagrados pela Constituição e tratados internacionais. A senadora enfatizou que a audiência não se restringe a discussões legais, mas abrange vidas humanas e histórias de famílias afetadas por julgamentos considerados arbitrários.
Damares também mencionou a dificuldade da Comissão em visitar presídios para investigar denúncias de tortura e violações de direitos, uma vez que o STF não autorizou essa ação. Ela considerou essa situação como uma grave violação das responsabilidades do Senado e da Comissão. Além disso, a senadora reafirmou a importância do devido processo legal e da defesa dos direitos dos presos, mesmo reconhecendo que houve excessos durante os eventos de janeiro de 2023.
Durante a audiência, familiares relataram as dificuldades enfrentadas por seus entes queridos, como a falta de atendimento médico e a perda de vidas. Sheila Fernandes Borges, esposa de um preso, destacou a falta de acesso a medicamentos essenciais, enquanto Edjane Cunha, que perdeu o marido na prisão, expressou a dor da perda e a ausência de alegria em sua casa, ressaltando o impacto emocional nas famílias dos condenados.