A família da publicitária Juliana Marins solicitou à Polícia Federal (PF) uma investigação sobre o vazamento do laudo da autópsia realizado no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro, ocorrido em 2 de julho. O pedido foi feito nesta quarta-feira (9), após o documento ter sido divulgado à imprensa antes que os parentes tivessem acesso. A perícia, que deveria ser sigilosa, foi conduzida por legistas da Polícia Civil e um perito da PF, com a participação de um assistente técnico da família.
Os familiares expressaram surpresa com a divulgação do conteúdo, uma vez que planejavam apresentar os resultados da nova autópsia em uma coletiva de imprensa marcada para sexta-feira (11), com a presença da Defensoria Pública da União (DPU) e do perito particular contratado. A nova perícia confirmou que Juliana, de 26 anos, faleceu em decorrência de uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, em 21 de junho, resultando em múltiplos traumas e hemorragia interna.
O corpo de Juliana foi repatriado ao Brasil em 1º de julho e transportado pela Força Aérea Brasileira. O laudo brasileiro indicou que a jovem poderia ter sobrevivido por até 15 minutos após o acidente, mas a condição do corpo impediu a determinação do horário exato da morte. Além disso, o exame revelou sinais de sofrimento físico e psicológico antes do falecimento.
A família contestava a versão das autoridades indonésias, que atribuíram a morte a hemorragia interna provocada por trauma contundente. Um drone térmico localizou Juliana dois dias após a queda, mas o resgate só ocorreu quatro dias depois, levantando questionamentos sobre a demora no atendimento.