A família de Juliana Marins, brasileira que faleceu após um acidente na trilha do vulcão Rinjani, na Indonésia, decidiu pelo sepultamento do corpo em vez da cremação, conforme anunciado nesta sexta-feira (4). A Defensoria Pública do Rio de Janeiro havia obtido autorização judicial para a cremação, que era um desejo da publicitária, mas a família optou pelo sepultamento para preservar possíveis evidências para uma futura exumação.
O velório ocorreu no Cemitério Parque da Colina, em Niterói, e foi aberto ao público durante a manhã, seguido por uma cerimônia reservada a amigos e familiares. Manoel Marins, pai de Juliana, expressou sua gratidão pela mobilização nacional em torno do caso e elogiou o trabalho das equipes da Embaixada do Brasil na Indonésia e dos voluntários que participaram do resgate. Ele também questionou a demora no socorro, que, segundo ele, pode ter contribuído para a morte da jovem.
Juliana sofreu o acidente no dia 21 de outubro, mas o resgate só chegou ao local três dias depois, quando ela já havia falecido. Manoel criticou a falta de estrutura para resgates em uma área turística e pediu uma revisão dos protocolos de segurança no país. Além disso, uma nova autópsia foi realizada no corpo de Juliana no Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Rio, a pedido da família, que contesta o laudo dos legistas indonésios. O resultado preliminar da nova necropsia deve ser divulgado em até sete dias.