A família de Juliana Marins, brasileira que faleceu após um acidente em uma trilha na Indonésia, decidiu pelo sepultamento do corpo da jovem, mesmo após a Justiça ter autorizado a cremação. O pai de Juliana, Manoel Marins, informou que a escolha foi motivada pela possibilidade de uma nova necropsia, que exigiria a exumação do corpo. A jovem morreu após uma queda em uma trilha, e o resgate durou mais de quatro dias.
Manoel Marins expressou sua desconfiança em relação aos exames realizados no país asiático, afirmando que ainda há muitas dúvidas sobre as circunstâncias da morte da publicitária. Segundo o relatório indonésio, a causa da morte foi hemorragia interna decorrente de traumas. O pai criticou a falta de preparo e infraestrutura para resgates em áreas turísticas, destacando que um país dependente do turismo deveria ter melhores condições de segurança.
Em resposta ao incidente, o governo indonésio anunciou a implementação de medidas para reforçar a segurança em pontos turísticos, especialmente no Monte Rinjani, onde ocorreu o acidente. O ministro florestal da Indonésia, Raja Juli Antoni, ressaltou a necessidade de rever os protocolos de segurança para escaladas, enfatizando que subir uma montanha requer cuidados diferentes de atividades cotidianas.
Além disso, o governador da província de Nusa Tenggara Ocidental reconheceu a falta de estrutura para resgates na região, admitindo que a infraestrutura inadequada contribuiu para a demora no atendimento a Juliana. Ele ressaltou a necessidade de mais profissionais de resgate certificados e equipamentos adequados para garantir a segurança dos turistas.