A família de Rômulo Girassol Cerasuolo, de 34 anos, está mobilizando uma campanha de arrecadação de fundos após sua morte em um acidente de trânsito em Dublin, na Irlanda, na última sexta-feira, 11 de julho de 2025. Rômulo, que trabalhava no setor de limpeza do parlamento irlandês, foi atropelado por um caminhão enquanto se dirigia ao trabalho na Ballyboden Way, área central da capital irlandesa.
Os familiares, residentes em Itápolis, São Paulo, solicitaram apoio ao Ministério das Relações Exteriores, mas foram informados de que a Lei Juliana Marins, que prevê assistência para repatriação de corpos, ainda não está em vigor. A campanha de arrecadação, que tem como meta R$ 30 mil, já conseguiu reunir cerca de R$ 33 mil para cobrir as despesas do translado.
No mesmo dia do acidente, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que altera a Lei de Migração, permitindo que o governo federal custeie o translado de corpos de brasileiros falecidos no exterior em casos de vulnerabilidade financeira. A nova norma, que ainda precisa ser aprovada pelo plenário da Câmara e pelo Senado, é uma homenagem a Juliana Marins, uma brasileira que faleceu na Indonésia no final de junho após um acidente.
Após a sanção presidencial, o Itamaraty será responsável por estabelecer os critérios e procedimentos para a concessão do benefício de translado, que poderá ser aplicado quando a família não tiver condições financeiras e não houver seguro que cubra os custos do transporte do corpo.