A família de Patrícia Ramos, de 64 anos, enfrenta um drama em Florianópolis, onde aguarda há nove dias a liberação do corpo da idosa, que faleceu em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no dia 1º de julho. O entrave se deve à falta de documentos de identificação, o que tem dificultado o processo de sepultamento.
Patrícia foi internada no Hospital Regional de São José, cidade vizinha à capital catarinense, mas não possuía registro oficial, o que levou a Polícia Científica a buscar alternativas para confirmar sua identidade. Segundo os familiares, a idosa vivia apenas com o cartão do SUS e não tinha documentos que pudessem comprovar sua existência legal.
A família já entrou com uma ação judicial para tentar liberar o corpo, mas, até o momento, não há previsão de quando isso ocorrerá. A advogada da família informou que o processo está em andamento e todas as medidas necessárias estão sendo tomadas. Para confirmar a identidade de Patrícia, a Polícia Científica recorreu à análise genética, que pode levar até 30 dias para ser concluída, embora a liberação possa ser antecipada se o Judiciário considerar suficientes outros meios de identificação.
O superintendente regional da Polícia Científica, Cassiano Bremm, destacou que o DNA da idosa será comparado com o dos filhos, aumentando as chances de confirmação do vínculo familiar. A situação angustiante da família reflete a complexidade de casos em que a falta de documentação oficial impede a realização de um funeral digno.