A exposição de crianças nas redes sociais tem gerado debates acalorados sobre os limites da privacidade e o impacto emocional dessa prática. Recentemente, um vídeo viral no TikTok, onde uma mãe força sua filha a beber um suco, suscitou críticas e apoio, levantando questões sobre o que é aceitável na criação de filhos expostos ao público. A mãe, que alegou que a atitude era uma forma de disciplina, não respondeu aos pedidos de esclarecimento da BBC News Brasil.
Esse caso não é isolado. O termo 'oversharenting' tem sido utilizado para descrever a superexposição digital de crianças, onde a vida familiar se torna conteúdo nas redes sociais. Especialistas, como Maria Mello, do Instituto Alana, alertam que essa prática pode prejudicar a saúde mental das crianças, afetando sua autoestima e relacionamentos sociais.
Casos anteriores, como o de Bel, uma jovem que se tornou famosa por vídeos na internet desde a infância, também levantaram preocupações. Embora Bel tenha negado ter sido forçada a participar dos conteúdos, a discussão sobre a ética da exposição infantil nas redes sociais continua em alta, com pais e especialistas debatendo os limites entre compartilhar e expor. A questão permanece relevante em um mundo cada vez mais conectado, onde a privacidade das crianças é frequentemente colocada em risco em nome da visibilidade online.