Exportadores brasileiros intensificaram o envio de produtos para os Estados Unidos antes do aumento das tarifas, que entrará em vigor no dia 1º de novembro. Com o prazo se esgotando, os terminais de carga nos aeroportos do Brasil, especialmente em Porto Alegre e São Paulo, registraram um aumento significativo na movimentação. A administradora de logística Fabiane Dietrich destacou que a empresa dela fretou um voo para enviar 60 toneladas de produtos, com o custo do frete subindo de US$0,95 para US$4 por quilo.
No Aeroporto Internacional de Guarulhos, a concessionária implementou novas regras para evitar a superlotação dos galpões, permitindo a entrada de caminhões com carga apenas 48 horas antes do embarque. O movimento no terminal aumentou em 10% em menos de uma semana, com empresas como a de Sandro Parejas enviando 20 caminhões a mais, totalizando 100 toneladas adicionais de produtos.
Entre os itens enviados, destacam-se pescados e carne enlatada, que normalmente seriam transportados por navio, mas estão sendo enviados por via aérea para evitar a aplicação das novas tarifas. Fabiane Dietrich alertou que, caso as condições não mudem até o dia 1º, os importadores brasileiros enfrentarão desafios significativos para manter suas relações comerciais com os Estados Unidos.