As exportações brasileiras para os Estados Unidos atingiram um recorde de US$ 3,6 bilhões em maio, um aumento de 11,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No entanto, a Câmara Americana de Comércio (Amcham) alerta que a concorrência internacional e as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump têm impactado negativamente as vendas de alguns produtos. A pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas termina na próxima quarta-feira (9), e há preocupações sobre o retorno das taxas para mais de 180 países.
Cinco dos dez principais produtos brasileiros vendidos aos EUA apresentaram queda nas vendas em maio, com destaque para os óleos brutos de petróleo e a celulose, que enfrentam menor demanda e concorrência acirrada, respectivamente. A Amcham aponta que as tarifas são apenas um dos fatores que contribuem para essa diminuição, sendo que particularidades de mercado também desempenham um papel importante.
O Brasil, que não foi um dos países mais afetados pelas tarifas, ainda enfrenta alíquotas de 10% sobre aço e alumínio, que foram elevadas para 50% por um decreto de Trump. O ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, tem enfatizado a importância de avançar nas negociações bilaterais com os EUA para garantir isenções tarifárias para o aço brasileiro. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou que as negociações começaram em março e estão em andamento, mas não forneceu detalhes sobre o conteúdo das discussões.