Um homem identificado como Leandro Almeida Lima faleceu na madrugada desta sexta-feira (4), 14 dias após uma explosão em uma fábrica clandestina de fogos de artifício em Maragogipe, Bahia. O acidente ocorreu no dia 20 de junho e Lima estava internado no Hospital Geral do Estado (HGE) em Salvador, referência em queimaduras, desde então. A Prefeitura de Maragogipe confirmou a morte do trabalhador, que estava na fábrica no momento da explosão.
Quatro dias após o primeiro incidente, outra explosão durante o feriado de São João feriu mais duas pessoas, os irmãos João Vitor de Jesus Batista, de 17 anos, e David Miguel de Jesus Batista, de 25 anos, que também foram atendidos no HGE. Ambos não resistiram aos ferimentos, com um deles falecendo no dia 30 de junho e o outro em 2 de julho.
Em resposta aos acidentes, o Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia anunciou a abertura de uma investigação para apurar as circunstâncias da tragédia e identificar os responsáveis pela fábrica ilegal. A operação já resultou em apreensões significativas de fogos de artifício clandestinos em todo o estado, totalizando 2,8 milhões de itens apreendidos e duas prisões, além do resgate de cinco trabalhadores em condições análogas à escravidão em Alagoinhas.
As autoridades destacam que a atividade ilegal de fabricação de fogos de artifício se espalhou por áreas rurais da Bahia, em resposta a uma fiscalização mais rigorosa após tragédias passadas, como a explosão de 1998, considerada a maior tragédia trabalhista do estado. O MPT continua a monitorar e investigar as operações clandestinas para garantir a segurança dos trabalhadores e da população.