Uma expedição realizada entre 2023 e 2025 pelo programa 'Araguaia Vivo 2030' e pelo 'PPBio Araguaia' coletou macrófitas aquáticas em 150 lagoas da planície de inundação do Rio Araguaia. A pesquisa, financiada pela FAPEG e CNPq, visa mapear a biodiversidade da região, que é crucial para a conservação ambiental. Durante as coletas, a equipe utilizou embarcações de baixa velocidade para identificar e catalogar as plantas aquáticas, além de coletar dados sobre a comunidade zooplanctônica que habita essas áreas.
Os pesquisadores identificaram 48 espécies de macrófitas, incluindo a Eichornia azurea, que tinha apenas três registros anteriores na bacia do Araguaia. Após a expedição, o número de registros dessa espécie aumentou significativamente, agora sendo encontrada em 20 locais diferentes. O trabalho também destaca a importância de expedições científicas para ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade local, especialmente em regiões que ainda não foram suficientemente amostradas.
A primeira coleta de macrófitas na bacia Tocantins-Araguaia data de 1891, realizada pelo botânico inglês Spencer Le Marchant Moore. Desde então, foram documentados 655 registros em 21 publicações científicas. No entanto, a pesquisa atual revela que muitas áreas da bacia ainda carecem de estudos, evidenciando a necessidade de investigações contínuas para a conservação da biodiversidade aquática na região.