O Banco do Brasil (BBAS3) enfrenta um cenário desafiador antes da divulgação de seu balanço do segundo trimestre de 2025, marcada para o dia 13 de agosto. A análise do JPMorgan indica que os dados recentes do Banco Central do Brasil não são promissores, especialmente em relação aos empréstimos ao agronegócio, que podem impactar negativamente os resultados da instituição financeira.
Os analistas do JPMorgan alertam que a formação de novos empréstimos problemáticos no setor agrícola pode dobrar em comparação ao primeiro trimestre de 2025. Com isso, as provisões para perdas com empréstimos podem aumentar em cerca de 20%, totalizando aproximadamente R$ 6 bilhões, em comparação aos R$ 5 bilhões do trimestre anterior. Além disso, as provisões brutas devem alcançar cerca de R$ 12 bilhões, considerando a manutenção dos níveis para pessoas físicas e jurídicas.
O Goldman Sachs também expressa cautela em relação aos números do Banco do Brasil, prevendo uma queda significativa nos lucros recorrentes, que podem chegar a R$ 5 bilhões, representando uma redução de 32% em relação ao trimestre anterior e de 48% em relação ao ano anterior. O aumento das provisões para perdas no segmento rural é um dos principais fatores que devem pressionar os resultados financeiros da instituição.
Diante desse cenário, o JPMorgan revisou suas expectativas, reduzindo a previsão de lucro para 2025 para R$ 25 bilhões, enquanto o preço-alvo das ações foi ajustado de R$ 28 para R$ 26 até dezembro de 2026. Os analistas ressaltam que, apesar das avaliações já refletirem um ambiente desafiador, ajustes adicionais podem ser necessários, mantendo a recomendação neutra para os papéis do Banco do Brasil.