O ex-presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi detido nesta quinta-feira (10) em meio a uma investigação por insurreição e após a declaração de lei marcial que resultou em seu impeachment. A detenção ocorre em um contexto de crise política no país, desencadeada por ações de Yoon que incluíram o envio do Exército ao Parlamento para impedir a revogação da lei marcial em 3 de dezembro.
Yoon, que se tornou o primeiro presidente sul-coreano em exercício a ser detido, havia sido liberado em março por motivos processuais, mas a recusa em comparecer às convocações judiciais levou à emissão de um novo mandado de prisão. O juiz Nam Se-jin, do Tribunal do Distrito Central de Seul, expressou preocupações de que o ex-presidente poderia destruir evidências relacionadas ao caso.
Após uma audiência de sete horas na quarta-feira, onde Yoon negou todas as acusações, ele foi levado a um centro de detenção. Com a nova ordem de prisão, os promotores estão preparando as acusações formais, e, segundo o advogado Yun Bok-nam, Yoon poderá ser mantido detido por até seis meses enquanto o processo avança.