Na última terça-feira (15), o Ministério Público Eleitoral do Distrito Federal (MPE-DF) apresentou uma denúncia contra Eurípedes Júnior, ex-presidente dos partidos Solidariedade e Pros, e mais 18 pessoas, acusando-os de lavagem de dinheiro. A denúncia se baseia em um suposto desvio de R$ 36 milhões do fundo partidário, envolvendo familiares de Eurípedes, incluindo sua esposa, duas filhas e mãe.
A investigação revela a existência de uma organização criminosa estruturada em três núcleos: familiar, operacional e empresarial. O núcleo familiar seria o principal beneficiário dos desvios, enquanto o núcleo operacional, composto por pessoas de confiança, seria responsável pela execução das fraudes. O núcleo empresarial utilizava empresas de fachada e “laranjas” para movimentar e lavar os recursos desviados.
O esquema investigado inclui desvio sistemático de verbas públicas por meio de candidaturas fictícias, prestações de contas fraudulentas e contratações de empresas sem capacidade operacional. As evidências coletadas pela investigação incluem notas fiscais, pagamentos de planos de saúde e movimentações bancárias que não condizem com as rendas declaradas.
Esta é a segunda denúncia contra Eurípedes Júnior, que já havia sido acusado em junho deste ano por organização criminosa, apropriação indébita, furto qualificado, falsidade ideológica eleitoral e peculato.