O ex-presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi levado de volta a uma cela solitária nesta quinta-feira, após um novo mandado de detenção emitido pelos promotores. A decisão do Tribunal Distrital Central de Seul se baseou em investigações sobre a tentativa de Yoon de impor a lei marcial no país em dezembro do ano passado, que é considerada uma obstrução da Justiça e abuso de poder.
O tribunal expressou preocupações de que Yoon poderia destruir provas relacionadas ao caso, levando à sua reclusão no Centro de Detenção de Seul. O ex-presidente já havia passado 52 dias na prisão no início do ano, sendo libertado há quatro meses por questões técnicas. Agora, ele retornará a um ambiente de confinamento restrito, onde terá que usar um uniforme cáqui e dormir em um colchão no chão, sem ar-condicionado.
Yoon, que vive em um apartamento de 164 metros quadrados em um bairro nobre de Seul, enfrenta sérias acusações de insurreição, que podem resultar em penas severas, incluindo prisão perpétua ou até mesmo a pena de morte. A situação se agrava com a onda de calor que atinge o país, forçando-o a depender de um ventilador elétrico que desliga à noite, conforme relatado por um legislador da oposição que já esteve preso no mesmo centro de detenção.