Um juiz argentino determinou que os nove condenados por corrupção no caso Vialidad, incluindo a ex-presidente Cristina Kirchner, deverão pagar uma multa de 684,9 bilhões de pesos argentinos, equivalente a cerca de R$ 3 bilhões, em um prazo de 10 dias úteis. A decisão foi proferida pelo Tribunal Oral Federal 2 (TOF 2) na terça-feira, 15 de julho de 2025, com o prazo final para o pagamento estabelecido para 13 de agosto de 2025.
A resolução judicial determina que a quantia deve ser depositada em uma conta específica do tribunal, conforme solicitado ao Banco da Nação Argentina. O valor foi estipulado após o tribunal receber um relatório de peritos contábeis da Suprema Corte, que atualizou o montante a ser devolvido pelos condenados. Caso o pagamento não seja realizado dentro do prazo, o tribunal poderá executar os bens dos condenados até atingir o valor fixado.
Os juízes Jorge Gorini e Rodrigo Giménez Uriburu classificaram o caso como um "gravíssimo caso de corrupção", destacando que o montante corresponde ao dano causado ao erário público. A Justiça argentina rejeitou os cálculos apresentados tanto pela defesa de Kirchner quanto pelos representantes do Ministério Público. Esta é a primeira condenação de Cristina Kirchner confirmada pela Suprema Corte, relacionada a irregularidades em obras públicas na província de Santa Cruz durante seus mandatos e os de seu falecido marido, Néstor Kirchner.