O ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, foi penalizado pela Comissão de Ética Pública da Presidência (CEP) devido à tentativa de trazer ao Brasil joias recebidas pela então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, sem a devida declaração à Receita Federal. O caso, que remonta a outubro de 2021, resultou em indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, conforme revelado pelo Estadão.
A sanção imposta a Albuquerque, que terá validade de três anos, é considerada uma mancha em seu currículo na administração pública. Outros dois denunciados, o ex-secretário da Receita Federal, Júlio César Vieira Gomes, e o ex-chefe adjunto do Gabinete de Documentação Histórica do Palácio do Planalto, Marcelo da Silva Vieira, foram poupados pela comissão.
Durante a apreensão, agentes da Receita Federal encontraram as joias, que incluíam uma escultura dourada de um cavalo e um estojo com itens da marca Chopard, na mochila de Marcos André Soeiro, assessor de Albuquerque. Ao ser informado sobre a retenção, o ex-ministro tentou, sem sucesso, liberar os objetos, alegando que eram presentes para Michelle Bolsonaro. Desde então, Bolsonaro buscou a liberação da carga em pelo menos oito ocasiões, envolvendo diversos órgãos do governo, como o Itamaraty e a Receita Federal.