O ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, foi punido pela Comissão de Ética Pública da Presidência (CEP) devido à tentativa de trazer ao Brasil joias recebidas pela então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em 2021. A decisão, anunciada nesta segunda-feira, 28, ocorre após a revelação de que Albuquerque não declarou os itens, que foram retidos pela Receita Federal ao seu retorno do Oriente Médio.
A sanção imposta ao ex-ministro, que tem validade de três anos, é considerada uma mancha em seu currículo na administração pública. Durante a apreensão, realizada em outubro de 2021, um assessor de Albuquerque foi flagrado com as joias, incluindo uma escultura de cavalo e um estojo da marca Chopard. A legislação brasileira exige a declaração de objetos de valor superior a R$ 1 mil, o que não foi feito.
Além de Albuquerque, outros dois denunciados, o ex-secretário da Receita Federal, Júlio César Vieira Gomes, e o ex-chefe adjunto do Gabinete de Documentação Histórica do Palácio do Planalto, Marcelo da Silva Vieira, foram poupados de punições. O caso também levou ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, após tentativas de liberar a carga em pelo menos oito ocasiões, envolvendo diversos órgãos do Executivo.