A ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, Joneuma Silva Neres, está presa desde janeiro de 2024, sob a suspeita de facilitar a fuga de 16 detentos em dezembro de 2023 e de estar envolvida no sequestro e assassinato de Alan Quevin Santos Barbosa, um jovem que a criticou nas redes sociais. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) à Justiça em março deste ano, revelando detalhes sobre as investigações em curso.
De acordo com o documento, Alan Quevin foi sequestrado em 7 de junho de 2024, após fazer postagens que insinuavam que Joneuma estava envolvida em atividades ilícitas no presídio. Ele foi levado por dois integrantes de uma facção criminosa, sendo um deles identificado como Marcos Vinicius Tavares Ferreira Santos, conhecido como “Gago”. O corpo de Alan ainda não foi encontrado, mas as investigações indicam que ele foi assassinado após o sequestro.
Além das acusações de homicídio, Joneuma é investigada por autorizações irregulares dentro do presídio, como a realização de festas e a entrada de um corpo para velório, além de regalias a detentos, como refeições especiais e acesso a equipamentos sonoros. Os relatos indicam que a diretora mantinha relações pessoais com alguns dos presos, incluindo Ednaldo Pereira de Souza, conhecido como Dadá, que é apontado como chefe de uma facção criminosa e foi um dos fugitivos durante a fuga em massa.
As investigações continuam, e a polícia busca mais informações sobre o paradeiro de Alan e a extensão do envolvimento de Joneuma com atividades criminosas dentro do sistema penitenciário da Bahia.