O ex-corretor de imóveis Gilvã Guimarães da Silva foi condenado a 18 anos e seis meses de prisão em regime fechado por crimes relacionados à venda de lotes em um loteamento clandestino em Florianópolis. A sentença, proferida em 10 de julho e divulgada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na última segunda-feira (14), inclui também sua esposa e dois irmãos, que receberam penas que variam de dois a nove anos.
De acordo com a denúncia, Gilvã adquiriu terrenos irregulares no bairro Rio Vermelho e os dividiu em lotes menores, criando um “bairro clandestino”. Além de vender os lotes ilegalmente, ele foi acusado de descumprir obrigações ambientais, praticar falsidade ideológica e formar uma associação criminosa. Entre 2016 e 2021, as contas do ex-corretor e de sua esposa movimentaram mais de R$ 21 milhões, com a ocultação dos valores realizada por meio de empresas de fachada.
A Justiça também determinou a perda de 13 veículos e embarcações adquiridos com os lucros das vendas ilegais, além de multas que somam mais de 600 salários-mínimos. A defesa de Gilvã anunciou que irá recorrer da decisão, afirmando que não concorda com a sentença. A esposa, Ana Paula da Rocha Gaspary, foi condenada a nove anos e dois meses, enquanto os irmãos de Gilvã receberam penas de dois anos e oito meses em regime semiaberto.
A Prefeitura de Florianópolis, em resposta ao caso, informou que possui um programa de regularização fundiária, o Floripa Regular, para auxiliar moradores na legalização de seus imóveis. O caso é considerado um dos maiores crimes urbanísticos já registrados na cidade.