O ex-chefe da Força Nacional, Antônio Aginaldo de Oliveira, deixou a Itália antes da prisão de sua esposa, a deputada cassada Carla Zambelli, que ocorreu na terça-feira (29). Segundo registros da Polícia Nacional italiana, Aginaldo saiu da União Europeia antes do término de seu visto de turista, que permite estadia de até 90 dias. Zambelli, condenada a 10 anos de prisão pela Suprema Corte do Brasil, permanece sozinha enfrentando as autoridades italianas, que não demonstram disposição para mantê-la no país.
A situação de Zambelli é complicada, especialmente após o governo da primeira-ministra Giorgia Meloni restringir a concessão de dupla cidadania. Diferentemente de casos anteriores, como os de Salvatore Cacciola e Henrique Pizzolato, cuja extradição levou mais de um ano, a expectativa é que Zambelli possa retornar ao Brasil em um prazo mais curto, possivelmente para cumprir sua pena em uma cela.
A fuga de Aginaldo e a condenação de Zambelli levantam questões sobre a eficácia das leis de extradição e a resposta das autoridades italianas em casos de figuras políticas brasileiras. A situação continua a ser monitorada por órgãos competentes, enquanto a ex-deputada enfrenta um futuro incerto em meio a um sistema judicial que se mostra implacável.