O tenente-coronel Mauro Cid, ex-assistente de ordens da Presidência, confirmou em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-assessor Filipe Martins apresentou um documento com estratégias para contestar os resultados das eleições presidenciais. O depoimento ocorreu na segunda-feira, 14 de julho de 2025, e revelou que o arquivo continha propostas de ações, incluindo a prisão de autoridades e a declaração de um Estado de exceção.
Cid detalhou que o documento, que ele se referiu como 'minuta do golpe', foi apresentado a Jair Bolsonaro em mais de uma ocasião, sendo a primeira acompanhada por um jurista e a segunda durante uma reunião com comandantes das Forças Armadas. O tenente-coronel afirmou que o conteúdo do documento foi projetado em uma tela grande para todos os presentes na sala.
Além disso, Cid mencionou que o arquivo continha uma lista de possíveis interferências do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no governo Bolsonaro durante o período eleitoral. Embora existam vários arquivos disponíveis na internet que se autodenominam 'minuta do golpe', a origem e a autenticidade deles permanecem incertas, e todos os textos exigiriam aprovação do Congresso e dos comandantes militares para serem implementados, o que nunca ocorreu.