Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi interrogado nesta quinta-feira (24) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em relação a sua participação em um suposto plano golpista. Martins, que é réu em um processo que investiga a organização criminosa que buscava manter Bolsonaro no poder, negou ter contato com uma minuta que previa medidas contra a ordem democrática, como a instalação de um Estado de Sítio.
Durante seu depoimento, Martins afirmou que o tenente-coronel Mauro Cid, que firmou um acordo de delação premiada, estaria mentindo ao afirmar que ambos discutiram a redação do documento golpista. Martins classificou a minuta como uma “fantasma” e garantiu que não participou de reuniões com comandantes das Forças Armadas, onde o texto teria sido apresentado.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta Martins como integrante do núcleo 2 da organização criminosa, que ocupava posições relevantes e gerenciava as ações da trama. Ele enfrenta acusações de organização criminosa armada, golpe de estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, entre outros crimes. O ex-assessor também foi recentemente beneficiado por uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou sua soltura.