Nos últimos meses, Itália, Portugal e Espanha implementaram mudanças significativas em suas políticas migratórias, gerando preocupação entre brasileiros que buscam cidadania europeia. As novas diretrizes visam restringir a entrada de imigrantes e regularizar a permanência, refletindo uma tendência de endurecimento nas legislações de imigração na União Europeia.
Em Portugal, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa sancionou a criação da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras (UNEF) no dia 17 de agosto. A nova unidade, que ficará sob a supervisão da Polícia de Segurança Pública, tem como objetivo controlar a permanência de imigrantes no país e marca o fim da política de portas abertas adotada anteriormente. Especialistas afirmam que, embora a mudança não afete diretamente os pedidos de cidadania por ascendência, novos critérios exigem a comprovação de laços culturais com Portugal.
Na Itália, um novo decreto-lei excluiu a cidadania por descendência para aqueles nascidos fora do país, o que tem gerado contestações legais. Advogados argumentam que a medida fere princípios constitucionais e pode ser revertida pela Corte Constitucional até 2026. Enquanto isso, a Espanha mantém políticas mais acolhedoras, especialmente para migração qualificada, em contraste com as restrições impostas por seus vizinhos.
A situação atual evidencia um cenário europeu em transformação, onde a obtenção de vistos e a regularização da imigração se tornam cada vez mais rigorosas. Especialistas alertam que a formalização do processo migratório é essencial, com foco em mão de obra qualificada, enquanto a possibilidade de regularização espontânea após a entrada no país se torna cada vez mais rara.