O enviado especial do governo dos Estados Unidos ao Oriente Médio, Steve Witkoff, anunciou nesta quinta-feira (24 de julho de 2025) a suspensão das negociações de cessar-fogo em Gaza. A decisão ocorre após semanas de esforços diplomáticos sem avanços significativos. Witkoff afirmou que, apesar dos esforços dos mediadores, o Hamas não demonstrou coordenação ou boa-fé nas negociações.
O representante americano destacou que, diante da situação atual, o governo dos EUA considerará "opções alternativas" para a libertação dos reféns e para a criação de um ambiente mais estável na região. No entanto, não foram especificadas quais seriam essas opções. O plano inicial dos Estados Unidos previa um cessar-fogo de 60 dias e a libertação parcial dos reféns, seguido de novas negociações para um acordo permanente.
A posição do Hamas é clara: a libertação dos reféns só ocorrerá mediante a retirada total das forças israelenses e o fim do conflito. Por sua vez, Israel se recusa a interromper suas operações até que o Hamas abandone o poder e se desarme, uma condição que o grupo extremista rejeita. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou que a disposição de Israel para negociar não deve ser interpretada como fraqueza por parte dos extremistas.