O encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Gabriel Escobar, se reuniu com empresários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) nesta quinta-feira (24) e destacou a necessidade de um adiamento na implementação de tarifas contra o Brasil. Segundo Escobar, o tempo é curto para o Brasil, uma vez que as negociações não foram reabertas, tornando o adiamento a solução mais viável no momento.
Durante a reunião, empresários questionaram Escobar sobre a disposição do presidente Donald Trump em adiar a entrada em vigor das tarifas. O diplomata afirmou que essa questão é uma perspectiva diplomática, mas não pôde confirmar se a Casa Branca está aberta a essa possibilidade. O governo brasileiro, por sua vez, também aguarda um adiamento das tarifas, conforme mencionado por Escobar.
Além disso, o representante americano sugeriu que o Brasil inclua em futuras negociações o acesso a minerais críticos e terras raras. Os empresários presentes, liderados pelo presidente do Ibram, Raul Jungmann, se comprometeram a levar essa proposta ao vice-presidente Geraldo Alckmin. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que não está disposto a ceder terras raras ou minerais críticos aos Estados Unidos, apesar do interesse americano em 51 tipos de minerais, incluindo cobre, lítio e silício, dos quais o Brasil possui reservas significativas.