O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou nesta sexta-feira (18) a revogação dos vistos americanos do ministro do STF, Alexandre de Moraes, e de seus familiares imediatos. A decisão foi justificada por Rubio como uma resposta à suposta censura à liberdade de expressão promovida por Moraes, que, segundo ele, teria criado um ambiente de perseguição política no Brasil.
A revogação dos vistos ocorre no mesmo dia em que Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, em decorrência de crimes relacionados a coação e obstrução de investigações. A Procuradoria-Geral da República (PGR) argumentou que havia risco de fuga do ex-presidente, levando à imposição de restrições severas.
Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente, manifestou apoio à decisão de Rubio, afirmando que a revogação do visto de Moraes impede que ele e seus familiares tenham acesso aos EUA. A medida não se enquadra na aplicação da Lei Magnitsky, que impõe sanções financeiras a indivíduos envolvidos em violações de direitos humanos, embora bolsonaristas tenham solicitado sua aplicação contra o ministro.
A Lei Magnitsky, criada em 2012, visa punir estrangeiros envolvidos em corrupção e violações de direitos humanos, podendo resultar em sanções severas, como a proibição de acesso ao sistema financeiro americano. A decisão de revogação de vistos e as medidas contra Bolsonaro marcam um novo capítulo nas tensões políticas entre os EUA e o Brasil.