O Departamento de Estado dos Estados Unidos acusou, neste fim de semana, "elementos ligados ao Hamas" de serem responsáveis por um ataque que feriu dois cidadãos americanos em um ponto de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, no sábado (5). Os feridos, trabalhadores da Gaza Humanitarian Foundation (GHF), foram atingidos por uma granada, mas sofreram apenas ferimentos leves, conforme comunicado da fundação.
A UG Solutions, empresa de segurança contratada para proteger os locais da GHF, informou que os feridos são ex-integrantes das forças especiais dos EUA, que atuam como seguranças privados. Em resposta à acusação, o Hamas rejeitou a declaração do governo americano, classificando-a como uma "falsa narrativa" que visa justificar a ofensiva israelense na região.
O incidente ocorre em um contexto de crescente crise humanitária em Gaza, após nove meses de conflito entre Israel e o Hamas, com organizações internacionais alertando sobre a escassez de alimentos, água potável e medicamentos. Enquanto isso, Israel e Hamas estão em negociações indiretas mediadas pelo Catar para um possível cessar-fogo, com a situação se agravando a cada dia.
Neste domingo (6), novas rodadas de negociações estão programadas em Doha, onde as partes buscam um acordo de trégua e a libertação de reféns israelenses. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reunirá com o presidente dos EUA, Donald Trump, na segunda-feira (7), para discutir o conflito, que já dura 21 meses e causou inúmeras perdas humanas na região.