Os Estados Unidos apresentaram uma redução de 10,8% no déficit comercial de bens em junho, conforme dados divulgados pelo Departamento de Comércio. O déficit caiu para US$ 86 bilhões (R$ 480,74 bilhões), contrariando as expectativas de economistas que previam um aumento para US$ 98,2 bilhões (R$ 549,04 bilhões). Essa queda é vista como um indicativo de que o comércio pode ter contribuído significativamente para a recuperação do crescimento econômico no segundo trimestre de 2023.
As importações de bens diminuíram em US$ 11,5 bilhões (R$ 64,29 bilhões), totalizando US$ 264,2 bilhões (R$ 1,475 trilhão), enquanto as exportações caíram em US$ 1,1 bilhão (R$ 6,14 bilhões), somando US$ 178,2 bilhões (R$ 994,24 bilhões). A redução nas importações reflete os esforços das empresas em evitar os impactos das tarifas sobre produtos estrangeiros.
No primeiro trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA contraiu a uma taxa anualizada de 0,5%, com o déficit comercial impactando negativamente em 4,61 pontos percentuais. Apesar das expectativas de uma recuperação acentuada no segundo semestre, a retirada de importações armazenadas pode ter limitado o impulso ao PIB.
O governo americano deve divulgar sua estimativa inicial do PIB do segundo trimestre na próxima quarta-feira (30), com previsões de crescimento de 2,4% entre abril e junho, segundo pesquisa da Reuters.