O governo dos Estados Unidos anunciou a incineração de 500 toneladas de alimentos que estavam destinadas a 27 mil crianças desnutridas no Paquistão e Afeganistão. A decisão foi tomada devido ao vencimento dos produtos, que estavam armazenados em Dubai, enquanto o país reduz significativamente sua ajuda internacional. A queima dos alimentos custará cerca de US$ 130 mil aos cofres públicos.
A medida ocorre em meio à aprovação de um projeto de lei pelo Senado dos EUA, que visa cortar aproximadamente US$ 9 bilhões em gastos, especialmente em ajuda externa. Como resultado, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) foi fechada, impactando diretamente a assistência a países em necessidade.
Senadores expressaram sua indignação com a situação. O senador Tim Kanine questionou a decisão do Departamento de Estado em queimar os alimentos, ao invés de redistribuí-los para as crianças necessitadas. Em resposta, Michael Rigas, chefe de administração do Departamento de Estado, admitiu não ter uma explicação satisfatória para a escolha feita.
A destruição dos alimentos representa uma falha significativa na gestão da ajuda humanitária, levantando preocupações sobre a eficácia das políticas de assistência internacional dos Estados Unidos em tempos de crise alimentar.