O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do secretário de Estado Marco Rubio, anunciou nesta sexta-feira (18) a proibição da entrada no país do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e de seus aliados. A decisão ocorre após uma série de esforços do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em Washington, onde buscou sanções contra o magistrado brasileiro.
Rubio comunicou a revogação do visto de Moraes e de seus familiares diretos através de uma postagem em rede social, alegando que o STF estaria realizando uma "caça às bruxas política" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e violando direitos fundamentais. O secretário não especificou quais outros ministros do STF estariam incluídos na medida, nem detalhou como a ordem será oficializada.
A proibição é uma extensão de uma medida anterior, anunciada em maio, que restringia a entrada de autoridades estrangeiras acusadas de violar a liberdade de expressão. Embora não tenha mencionado sanções econômicas, a Lei Magnitsky foi citada como uma possível base legal para ações futuras contra Moraes. O anúncio coincide com uma ação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro, que enfrenta acusações de atentado à soberania do Brasil.
Eduardo Bolsonaro, que reside nos Estados Unidos desde março, celebrou a decisão, afirmando que a medida impede que autoridades brasileiras vejam seus familiares no país. Desde sua ascensão, Moraes tem sido um alvo frequente de críticas por parte de aliados de Bolsonaro, especialmente por sua atuação em inquéritos que investigaram membros do governo anterior.