O governo dos Estados Unidos confirmou, neste domingo (28), que as novas tarifas comerciais, que incluem o Brasil, entrarão em vigor em 1º de agosto. A declaração foi feita pelo secretário de Comércio, Howard Lutnick, que também é alvo de uma investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) devido a transações financeiras suspeitas relacionadas ao anúncio das tarifas.
Em entrevista à Fox News, Lutnick afirmou que "não haverá prorrogação" e que as tarifas serão aplicadas conforme o previsto. A medida, que impõe uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, ocorre em um contexto de superávit comercial dos EUA com o Brasil, diferentemente de outros países que enfrentaram tarifas por déficits.
A Advocacia-Geral da União levantou preocupações sobre possíveis práticas de insider trading após a corretora BGC Partners, de Lutnick, realizar transações atípicas no mercado de contratos futuros de dólar antes do anúncio das tarifas. A denúncia levou a parlamentares a considerarem a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar possíveis crimes financeiros e conexões com o governo Trump.
Além das tarifas, Washington abriu uma investigação contra o Brasil por alegações de práticas comerciais desleais, incluindo censura em redes sociais e impactos do sistema de pagamentos Pix. Senadores democratas expressaram sua oposição à medida, alertando sobre os riscos de retaliação comercial e chamando a ação de "abuso de poder".