Em 2024, os Estados Unidos importaram US$ 3,3 bilhões da Rússia, apesar das promessas do presidente Donald Trump de impor tarifas de 100% sobre produtos russos. O valor representa uma queda significativa em relação aos US$ 30,8 bilhões registrados em 2021, refletindo as sanções econômicas impostas pelos EUA e pela União Europeia em resposta à invasão da Ucrânia, que começou em 2022. Os dados são da Comtrade, agência que compila informações sobre comércio internacional.
As sanções levaram a uma drástica redução nas importações, com o Kremlin perdendo metade de suas vendas ao mercado norte-americano em um ano. Os Estados Unidos deixaram de comprar diesel e outros combustíveis russos, concentrando suas importações principalmente em fertilizantes, setor onde a Rússia é líder mundial. As medidas visam isolar a economia russa e pressionar o país a interromper os ataques à Ucrânia.
Em contrapartida, a Rússia tem buscado apoio no Brics, grupo que inclui Brasil, China, Índia e África do Sul, exportando 20 vezes mais para esses países do que para os integrantes do G7, as economias mais industrializadas do mundo. As ameaças de Trump de aplicar tarifas adicionais a países que importam da Rússia, como Índia e China, visam pressionar essas nações a cortar laços comerciais com Moscou.
A situação permanece tensa, com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, pedindo que países como Brasil e Índia pressionem a Rússia a encerrar o conflito. Apesar das ameaças, Trump mantém um histórico de relações relativamente amigáveis com Vladimir Putin, o que levanta questões sobre a eficácia das sanções e das políticas comerciais em curso.