O sistema de pagamento instantâneo brasileiro, PIX, está sob investigação do governo dos Estados Unidos, que abriu um processo na terça-feira (15) a pedido do ex-presidente Donald Trump. Embora o documento não mencione o PIX diretamente, faz referência a 'serviços de comércio digital e pagamento eletrônico', destacando preocupações com práticas desleais do Brasil em relação a esses serviços.
O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) afirmou que o Brasil estaria favorecendo seus serviços de pagamento eletrônico, o que poderia prejudicar a concorrência com empresas americanas, como Visa e Mastercard. Especialistas sugerem que a investigação pode estar relacionada ao sucesso do PIX, que é gratuito para pessoas físicas e de baixo custo para empresas, além de sua expansão internacional e discussões no âmbito do Brics sobre alternativas ao dólar.
O Banco Central do Brasil está trabalhando para implementar o PIX Internacional, que já é aceito em alguns países, como Argentina e Portugal. A expectativa é que, no futuro, o sistema permita pagamentos transfronteiriços de forma mais ampla, interligando diferentes plataformas de pagamento instantâneo. A investigação dos EUA levanta questões sobre a competitividade do PIX e seu impacto no mercado global de pagamentos.