O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, respondeu nesta quarta-feira (16) à investigação aberta pelos Estados Unidos sobre supostas práticas comerciais desleais do Brasil. A investigação, anunciada na terça-feira (15) pela Representação Comercial dos EUA (USTR), pode resultar em sanções comerciais, como tarifas adicionais, caso sejam confirmadas as alegações de políticas discriminatórias por parte do governo brasileiro.
Alckmin destacou que o Brasil está preparado para apresentar esclarecimentos e ressaltou que iniciativas como o sistema de pagamentos Pix e a política ambiental do país são reconhecidas globalmente. "O Brasil é exemplo hoje para o mundo. Temos a maior floresta tropical do planeta e estamos comprometidos com o desmatamento ilegal zero", afirmou o vice-presidente, enfatizando a importância da sustentabilidade e inovação no país.
A investigação da USTR abrange preocupações sobre comércio digital, tarifas preferenciais, combate à corrupção, proteção da propriedade intelectual, mercado de etanol e desmatamento ilegal. Alckmin refutou as acusações, afirmando que o Brasil tem avançado em questões ambientais e na promoção de energias renováveis, e que o Pix é um sistema acessível e eficiente, sem intenção de prejudicar empresas estrangeiras.
O governo dos EUA agendou uma audiência pública para 3 de setembro, com prazo para comentários até 18 de agosto. O Planalto confirmou que apresentará uma resposta oficial e buscará manter o diálogo diplomático. A investigação ocorre em um contexto de tensões comerciais, após o anúncio de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA, a partir de 1º de agosto.