O Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) anunciou na terça-feira (15) a abertura de uma investigação comercial contra o Brasil, com foco na Rua 25 de Março, em São Paulo, reconhecida como um dos maiores centros de comércio popular da América Latina. A investigação foi ordenada pelo presidente Donald Trump devido à venda de produtos falsificados e à falta de proteção dos direitos de propriedade intelectual no país.
O USTR destacou que a Rua 25 de Março é um dos principais mercados de produtos falsificados do mundo, com mais de mil lojas dedicadas à venda de itens piratas. O documento menciona que, apesar de operações policiais frequentes, a falsificação persiste na região, em parte pela ausência de sanções eficazes que desestimulem essa prática ilegal.
Além da proteção da propriedade intelectual, a investigação também abordará questões relacionadas ao comércio digital, tarifas preferenciais e a aplicação de medidas anticorrupção no Brasil. O USTR alega que o país pode estar prejudicando a competitividade de empresas americanas, o que levanta preocupações sobre a transparência e a conformidade com normas internacionais.
Essa não é a primeira vez que a Rua 25 de Março é alvo de críticas por parte dos EUA. Em janeiro, um relatório do USTR já havia classificado a região como um ponto crítico de pirataria em São Paulo, destacando outros locais como o Centro Histórico e os bairros de Santa Ifigênia e Brás. A investigação atual reflete a continuidade das preocupações americanas sobre a proteção da propriedade intelectual no Brasil.